domingo, 3 de outubro de 2010

Histórico

A histórica da Escola Barão de Melgaço se entrelaçam fatos históricos que proporciona inteligibilidade ao estudo. Como é impossível descrever a totalidade da trama foram selecionados  alguns aspectos do contexto  que  envolveram  as diversas edificações  que a escola   esteve instalada.
Em 1914, como Escola Modelo a Escola Estadual de Ensino Fundamental “Barão de Melgaço”  representou a reorganização do ensino para a sociedade cuiabana.  Com o nome Escola Modelo Barão de Melgaço foi autorizada a funcionar pelo Decreto Presidencial nº 258 de 20 de agosto de 1910, assinado pelo Coronel Pedro Celestino Corrêa da Costa, Presidente do Estado.
Naquele momento, foram criados dois grupos Escolares. O primeiro Grupo Escolar reuniu sete escolas. Depois passou a ser chamado de Escola Modelo.
O padrão de construção seguido foi dos Grupos Escolares de São Paulo que marcava a mudança na política educacional do país com a construção dos Palácios Escolas.
Assim, a construção do Palácio de Instrução foi licitada em 1910. As obras iniciaram em 1911 e terminaram em 1913. Em 1914 o Palácio escola inicia as atividades educacionais.
 No 1ª andar funcionava a Escola Normal Pedro Celestino e no térreo a Escola Modelo Barão de Melgaço.  Instalou-se no dia 3 de setembro de 1910, tendo como primeiro diretor o professor Leowegildo Martins de Melo, contratado pelo governo do Estado de São Paulo. A sede da Escola começou a funcionar num prédio onde funcionava a Casa Kardeciana localizada à Rua Galdino Pimentel.O segundo Grupo Escolar ficou sob a gestão de Gustyavo Kuhlmann.
Escola Estadual de Ensino Fundamental "Barão de Melgaço" ao longo de sua trajetória passou por denominação diferenciada.  Foi designada de "Grupo Escola Modelo", autorizada a funcionar pelo Decreto Presidencial que se preocupou em criar na capital uma Escola. Instalou-se no dia 3 de dezembro de 1910, tendo em como primeiro diretor o professor Leowegildo Martins de Melo, contratado pelo governo do Estado de São Paulo. A sede da Escola começou a funcionar num prédio onde funcionava a Casa Kardeciana localizada à Rua Galdino Pimentel.
Em seguida, foi transferida para a Praça da República, nº  41, construção ainda imponente nos dias de hoje o "Palácio da Instrução" e ocupava todo quarteirão localizado ao lado da Matriz.
Com a construção do edifício do Palácio da Instrução na Praça da República, inaugurado pelo Presidente do Estado, Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques, que deu continuidade às reformas empreendidas, que iriam revolucionar o ensino no Estado. O presidente Costa Marques encomendou dos Estados Unidos da América, todos os mobiliários necessários ao equipamento dos prédios dos grupos escolares em construção, importando cadeiras, mesas, armários, lavatórios, relógios de paredes, mesas  e cadeiras. (Histórias de Mato Grosso -  Lenine de Campos Povoas).
Portanto, o Palácio da Instrução foi construído para funcionar  Escola Normal Pedro Celestino (1º andar ala esquerda onde funcionava a Escola Normal, o Liceu Cuiabano ( 1º andar ala direita) no andar térreo a Escola Modelo, que em 1942 incorporou-se o " Barão de Melgaço" em homenagem  ao ilustre considerado entre outros, Augusto Leverger que recebeu o título de Barão de Melgaço. Esta escola passou a ser utilizada também para a prática das normalistas que estudavam na Escola Pedro Celestino.
O Palácio da Instrução não se diferenciava das outras construções de governo pelo aspecto imponente de fachada, mas sim pelo seu peso simbólico, pela escadaria monumental e pelo acesso diferenciado para alunos e alunas ao interior do prédio, cuidando para se manter garantida, em discurso, a extensão da educação para toda a sociedade brasileira.(Cunha, 2009)
Em 1968, com a demolição da Igreja Matriz pelo uso de dinamites, a estrutura do prédio foi abalada. A escola passou a funcionar onde atualmente é o Ganha Tempo, dirigida pela professora Alina do Nascimento Cavalcante Tocantins. O recreio era realizado livremente na Praça Ipiranga sob as vistas das professoras/normalistas.
Em outubro de 1971 a escola foi transferida para a Praça da República, ao lado dos Correios, atualmente Instituto Histórico e Geográfico Museu Histórico de Mato Grosso (2006) com 12 salas de aulas, ocupadas por 900 alunos, distribuídos em dois turnos. Dirigida pela professora Jacyra Cuiabano Correa da Costa. O professor Joaquim Vianna era o Secretário de Educação. O Delegado Regional de Educação e Cultura de Cuiabá era Osvaldo Roberto Sobrinho
Um outro processo de mudança que marcou a trajetória histórica da escola ocorreu em 1983 quando a escola foi transferida para a Avenida Dom Bosco, 507 onde permanece até os dias atuais. Este processo de mudança de local para o funcionamento da Escola Barão de Melgaço iniciou em 23 de julho de 1981, quando foi formado um contrato de comodato celebrado entre a Fundação Legião Brasileira de Assistência e o Governo do Estado de Mato Grosso que cedeu o imóvel de propriedade da LBA destinado exclusivamente a construção de uma Escola de 1º grau para atender as crianças sem escola naquela área, e atender às crianças do Abrigo Bom Jesus A Escola recebeu a sua autorização nº 165/96 de ordem do Governo do Estado de Mato Grosso tendo como representante Dante Martins de Oliveira que autorizou a tomada de posse. A referida Escola foi autorizada a funcionar com o Ensino Fundamental pela resolução nº 3277/92. É mantida pelo Governo do Estado de Mato Grosso através  da secretaria do Estado de Mato Grosso.

Ao longo de sua trajetória histórica esta escola esteve sempre envolvida com a cultura: apresentação de teatro, atividades cívicas, música, jogos... Sempre esteve na vanguarda na formação intelectual. No século XX era onde eram colocados em prática os processos pedagógicos usados nos países mais adiantados da Europa e nos Estados Unidos.

Trabalho Pedagógico

Desde a sua fundação a Escola Barão de Melgaço é referência na educação do Estado de Mato Grosso. Iniciou como Grupo Escolar, espaço urbano construído para agrupar escolas e classes que funcionavam separadas e espalhadas, de forma seriada, em distritos onde houvesse mais de seis escolas primárias.
Em 1893 foi definido o modelo de educação para o século XIX com a implantação das primeiras escolas públicas seriadas obrigatórias e gratuitas – os grupos escolares – em São Paulo. Assim como as idéias republicanas, os Grupos Escolares se difundiram de São Paulo para vários estados brasileiros e passaram a ser concebidos como verdadeiros templos do saber, encarnando um projeto político educativo, por meio do qual se implantou definitivamente o método de escolas seriadas, fundamentado na classificação dos alunos, na adoção de um plano de estudos, na utilização racional do tempo e do espaço, no controle sistemático do trabalho dos professores e no controle absoluto sobre os estudantes. Os grupos escolares foram fundamentais para a difusão da instrução primária, por vez indispensável para a consolidação do regime republicano (Reis, 2005)
Em Mato Grosso, a Reforma da  Instrução Pública se deu no ano de 1910, no governo de Pedro Celestino Corrêa da Costa que deu inicio à reorganização do ensino  oficial do Estado.
Foram criados dois grupos escolares: um no 1º Distrito (depois chamado de Escola Modelo), constituída por sete escolas, cuja direção foi confiada ao professor Leowegildo Martins de Mello.
As primeiras medidas tomadas por Leowegildo foram as de banir todos os livros, com exceção dos de leitura; coordenar o “aprender de cor”, utilizar a soletração e utilizar a Cartilha Analytica do professor paulista Arnaldo de Oliveira. Ao assumir o governo em 1911, Joaquim Augusto da Costa Marques considerou excelente a idéia de formar novos Grupos Escolares e de contratar professores paulistas para a difusão do ensino e a introdução de novos métodos pedagógicos adotados em São Paulo, visto ser o Estado Modelo a ser seguido.
Em 1914, o grupo escolar do 1º Distrito, em homenagem a Augusto Leverger (o Barão de Melgaço) passou a chamar Escola Modelo Barão de Melgaço, dedicada a formação de normalistas. Eram admitidos na escola estudantes com mais de 16 anos para o sexo masculino e 14 para o sexo feminino. As disciplinas eram: Português, Francês, Aritmético e Álgebra, História do Brasil e Universal, Direção de Escola, Trabalhos Manuais, Educação Moral e Cívica e Ed.Física, Desenho, Caligrafia, Geometria, Física, Química, Música, Educação Doméstica, Cosmografia e Ciências Naturais. A Escola Modelo Barão de Melgaço foi tida como ideal de escola pública gratuita onde seriam aplicadas os fundamentos adquiridos pela teoria, fazendo uma nova afirmação sobre o status do professor.
Os professores eram proibidos de castigarem fisicamente seus alunos, deveria ser utilizada a disciplina. Era admitida como pena a repreensão, privação do recreio, suspensão e cancelamento da matrícula.
A partir desse contexto a Escola oferece o Ensino Fundamental sendo organizada em Ciclo de Formação Humana do 1º ao 3º ciclo no período matutino e vespertino.
A Escola estadual Barão de Melgaço atualmente busca qualidade de atendimento por meio da consolidação de uma gestão democrática tendo como parâmetro o projeto político pedagógico que foi elaborado coletivamente possibilitando constante revisão, tornando-o sempre atual com a realidade da Escola.
O plano de desenvolvimento escolar reflete o seu desempenho e organização garantindo o processo gerencial de planejamento estratégico coordenado pela liderança da Escola e elaborado de maneira participativa pela comunidade escolar.
A Escola é mantida pela Rede de Ensino do Estado, através da Secretaria de Estado de Educação.
A partir de 1988 começamos a receber alunos com deficiência visual ,  à partir de 1997 começamos a receber alunos dificientes auditivos no ensino regular e por consequencia foi criada a Sala de Recurso Multifuncional onde são atendidos os alunos inclusos nesta escola e também oriundos de outras escolas de ensino regular que possuam alunos surdos.
   De 1983 a 1998 a escola funcionou neste prédio em três turnos atendendo mais de 700 alunos. Atualmente funciona em dois turnos, atendendo uma clientela de aproximadamente 500 alunos. Possui 8 salas de aula, 1 Sala de Recurso, 1 Laboratório de Informática, 1 Sala de Video, 1 quadra poliesportiva coberta e demais dependencias administrativas. A Gestão Escolar é composta por uma diretora, CDCE, Conselho Fiscal, Conselho de Classe, um Coordenador Pedagógico, Secretário e  Professores,  professor de sala de recurso, interprétes e professores articuladores.




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